Rua do Alecrim: o reduto dos amantes de azeite
A Rua do Alecrim nasceu há quatro anos como um empório virtual de iguarias finais. Dois meses depois, o casal fundador do negócio, Iris Jonck e Arnaldo Comin, se deu conta do potencial do mercado brasileiro de azeites autênticos e de boa qualidade. “Um produto nobre, importante para a gastronomia, mas que ninguém falava a respeito. Começamos a nos profundar no assunto e literalmente nos apaixonamos”, recorda Comin.
Foi assim que o azeite assumiu a direção do negócio e virou o carro-chefe da Rua do Alecrim, um reduto para os amantes dessa saborosa gordura do bem. Além do e-commerce, a Rua do Alecrim abriu recentemente um charmoso espaço físico na Rua Normandia, no bairro de Moema, em São Paulo. O ambiente combina loja, cursos e degustações entre prateleiras e bancadas que revelam mais de 80 rótulos, entre azeites extra virgens, trufados e aromatizados, dos principais países produtores como Itália, Espanha, Portugal e Grécia.
Do Novo Mundo, a casa apresenta rótulos uruguaios, argentinos, chilenos e, mais recentemente, brasileiros. “Nossa filosofia é trabalhar apenas com azeites de produtor, nos quais identificamos todo o processo, desde o plantio até o engarrafamento, valorizando sua história, origem e terroir”, conta Comin.
AZEITE MADE IN BRAZIL
Há dois anos, o casal decidiu promover a jovem indústria brasileira de azeites artesanais, ainda desconhecida da maioria. A estratégia adotada para propagar a variedade brasileira e divulgar o trabalho dos produtores locais inclui a venda do exemplar nacional pelo e-commerce da Rua do Alecrim e também a promoção de eventos como palestras, cursos e degustações. A loja tanto virtual quanto física, vale explicar, também comercializa vinhos, temperos e vinagres especiais, geleias, massas e biscoitos.
O casal se apaixonou de tal forma pelo azeite brasileiro que decidiu criar uma versão exclusiva da Rua. Foi assim que, em 2015, nasceu um blend exclusivo com um produtor de Santana do Livramento (RS), em caráter experimental. “A resposta do público foi excelente e por isso decidimos avançar na ideia, com um volume maior e dois blends diferentes, para ampliar as ocasiões de consumo pelos clientes.”
Com a ideia do “Azeite da Rua” mais madura este ano, Iris e Arnaldo conversaram com diversos produtores em busca de mais opções. “Nós queríamos ousar mais, trazer algo inédito na produção nacional.”
No ano passado, o produtor Prosperato chamou a atenção do casal pela alta qualidade de seus azeites. Em um ranking pessoal feito pela dupla após a degustação de 20 azeites nacionais dessa safra, o Prosperato Monovarietal Koroneiki foi eleito o melhor brasileiro de 2015. “Nosso faro acabou se revelando certeiro nesta safra, quando o mesmo monovarietal conquistou Medalha de Prata no Concurso Internacional de Azeites de Salerno, um dos mais relevantes da Itália e de todo Europa. É a primeira premiação internacional de um azeite nacional, o que nos enche de orgulho”, conta Arnaldo.
AZEITE DA RUA 2016
A versão do Azeite da Rua 2016 nasceu de uma proposta ousada: trazer algo inédito como produto e, ao mesmo tempo, elevar o status do azeite nacional como categoria. “Nesse sentido, o Prosperato nos abriu a possibilidade de darmos esse passo, com a elaboração de azeites com variedades que até agora só haviam sido extraídas em caráter experimental no Brasil, que são as azeitonas Galega, de origem portuguesa, e Picual, uma das mais nobres da Espanha.”
Para o frasco, o casal convidou o artista plástico Guilherme Kramer para desenvolver os rótulos e materiais visuais da linha, em um trabalho feito em nanquim sobre papel.
Resultado: acabam de ser lançados os dois azeites da Rua. O primeiro é o Clássico, mais suave, com Galega e Arbequina (variedade de origem catalã e a mais produzida hoje no Brasil). O segundo é o Picante, com Picual e a premiada Koroneiki (originária da Grécia) do Prosperato. O nível de acidez de ambos é baixíssimo, inferior a 0,2%.
A extração, explicam, foi feita logo nos primeiros dias de colheita, quando as azeitonas estão mais verdes e “potentes”. O Clássico ganhou um final de boca amendoado, que é típico da Galega, apresentando sabor bem arredondado e elegante. O Picante tem sabor mais intenso, com presença de notas amargas da Koroneiki e o picor característico da Picual. São azeites de perfis diferentes, mas complementares.
O preço unitário é de R$ 44,90. A dupla Clássico e Picante sai por R$ 86 e a versão comemorativa da dupla com a caixa Azeites do Brasil sai por R$ 124. A Rua do Alecrim produziu uma edição limitada de mil unidades no primeiro lote, que deve durar até dezembro.
Rua do Alecrim – vende pelo site para todo Brasil e também recebe em sua loja física, na Rua Normandia, 12 Moema, São Paulo, 11-5087-8937.